Em comum o fato de poderem ser bons remédios, mas usados de maneira errada... Explico.
A questão da progressão continuada já está sendo discutida há tempos (e execrada na maioria das vezes). Qual o motivo de instituir a progressão? Reduzir a evasão escolar. Qual a ação que de fato reduziria a evasão escolar? Recuperação paralela, constante e atuante - entre alguns outros fatores. Então por que insistir no remédio errado? A meu ver, o governo não tem condições de aplicar a recuperação nas escolas. Então aprova-se por decreto! Não é a progressão continuada que está errada ou que oferece problemas. É um empurrar com a barriga dos governantes...
Na questão das cotas vejo o mesmo problema. Qual o ideal? Que qualquer criança, de qualquer raça, tenha escola de qualidade desde a educação infantil. O governo até deu um bom passo nesse sentido ao institucionalizar o fundamental de 9 anos e forçar a existência da educação infantil. Mas a cota racial na universidade é querer aprovar por decreto, mais uma vez! Se os negros (na verdade os pobres) não conseguem entrar no ensino superior, são classificados "à força"...
A cota enfrenta ainda outros pontos polêmicos:
- Por que não cota social?
- Quem é negro, pardo, mulato, branco? (vide a matéria acima)
- Quem define quem é de qual raça?
Eis portanto o ponto em comum: na impossibilidade de resolver em curto prazo da maneira definitiva, parte-se para uma solução temporária e arbitrária. As soluções corretas deveriam vir logo atrás, mas ainda não vemos isso acontecer...
Uma pena...